quinta-feira, 31 de outubro de 2013

FIJ divulga "estatística" das novas regras

Números que não batem...
Estatística das pontuações, segundo a FIJ:
http://www.intjudo.eu/upload/2013_10/31/138325779031476069/schedular_comparison_34_tournaments.xlsx

Vamos considerar o Mundial Júnior: no arquivo acima são reportados 89 punições (shido), mas quando observamos os resultados da mesma competição, divulgados na semana passada (http://74.208.238.31/www.judo-world.net/ijf/world/wc_juniors2013/tta.php?tta_mode=&aktion=statistik&name=score&sprache=english), o total de shido 1 é 198 e o total de todas as punições "shido" é de 662...



sábado, 26 de outubro de 2013

Fisiologia do judô: a luta

International Journal of Performance Analysis in Sport
2013, 13, 626-643.

Judo combat: time-motion analysis and physiology
Emerson Franchini1, Guilherme Giannini Artioli1,2 and Ciro José Brito1,3.
1 Martial Arts and Combat Sports Research Group, School of Physical Education and Sport, University of São Paulo, São Paulo, Brazil
2 Laboratory of Applied Nutrition and Metabolism, School of Physical Education and Sport, University of São Paulo, São Paulo, Brazil.
3 Center for Research in Sport Performance and Health (NEDES), Federal University of Sergipe, Sergipe, Brazil.

Abstract
The understanding of time-motion and physiological responses to judo combat is important to training organization. This review was based on search results using the following terms: “judo and competition”, “judo and physiology”, “judo and randori”, and “judo and time-motion analysis”, “judo and combat”, “judo and match” and “judo and biochemestry”. The effort-pause ratio during judo combats is between 2:1 and 3:1, with 20s and 30s effort periods and 10s of pauses. Thus, judo combats rely on all three metabolisms, with the anaerobic alactic sytem being reponsible by the short duration powerful actions during technique applications, the anaerobic lactic system being responsible for the maintainance of high-intensity actions during longer periods (e.g., grip dispute), while the aerobic system is responsible for the recovery processes between high-intensity actions and matches. Training prescription must consider these demands and a muscle-specific action analysis may help to direct the proper approach to improve judo athletes’ performance. In general, lower-body is involved in short-term high-intensity actions during technique executions, while upper-body muscle groups are involved in both strength-endurance and power actions. As many muscle groups perform different actions during the match, a high cardiovascular demand is also observed in judo.

Fisiologia do judô: o treino

 2013 Oct 21. [Epub ahead of print]

THE PHYSIOLOGY OF JUDO-SPECIFIC TRAINING MODALITIES.

Source

1Martial Arts and Combat Sports Research Group, School of Physical Education and Sport, University of Sao Paulo, Sao Paulo, Brazil 2Center for Research in Sport Performance and Health (NEDES), Federal University of Sergipe, Sergipe, Brazil. 3Institute of Exercise Physiology & Wellness, University of Central Florida, Orlando, United States of America. 4Laboratory of Applied Nutrition and Metabolism, School of Physical Education and Sport, University of Sao Paulo, Sao Paulo, Brazil.

Abstract

Understanding the physiological response to the most common judo training modalities may help to improve the prescription and monitoring of training programs. This review is based on search results using the following terms: "judo", "judo and training", "judo and physiology", "judo and specific exercises", and "judo and combat practice". Uchi-komi (repetitive technical training) is a specific judo exercise that can be used to improve aerobic and anaerobic fitness. Effort:pause ratio, total session duration, number and duration of individual sets as well as the type of technique can be manipulated in order to emphasize specific components of metabolism. Nage-komi (repetitive throwing training) can also be used to improve aerobic and anaerobic fitness, depending of the format of the training session. Randori (combat or fight practice; sparring) is the training modality most closely related to actual judo matches. Despite the similarities, the physiological demands of randori practice is not as high as observed during real competitive matches. Heart rate has not shown to be an accurate measure of training intensity during any of the previously mentioned judo training modalities. High-volume, high-intensity training programs often lead judo athletes to experience overtraining-related symptoms, with immunesupression being one of the most common. In conclusion, judo training and judo-specific exercise should be manipulated in order to maximize training response and competitive performance.

Como treinaram os judocas olímpicos brasileiros

 2013 Oct 21. [Epub ahead of print]

Olympic preparation in Brazilian judo athletes: description and perceived relevance of training practices.

Source

1Martial Arts and Combat Sports Research Group, Sport Department, School of Physical Education and Sport, University of São Paulo 2Human Movement Pedagogy Department, School of Physical Education and Sport, University of São Paulo, Brazil.

Abstract

The aim of this study was to describe the training routines used by judo athletes and their perception concerning the relevance, effort made, concentration needed and pleasure obtained during the training sessions conducted six months prior to their Olympic participation, and to compare medal winners and other competitors in these aspects. Sixty-one Olympic Brazilian judo athletes (males = 39; females = 22), representing 66.3% of all Brazilian participants in this Olympic sport (from 1964 to 2008), including 10 medal winners (nine males and one female) answered a questionnaire concerning their training routines. Mann-Whitney and Student t test for independent samples were used. Judo medallists and non-medallists in the Olympic Games did not differ in: (a) the age they started to practice and to compete in judo; (b) age when they competed in the Olympic Games; (c) hours of training per week and per training session and number of training sessions per day in their preparation for this event; (d) frequency and time spent performing judo-specific and general exercises, as well as their perceived relevance, effort, pleasure and concentration for these activities performed during the preparation for the Olympic Games. The only differences found were the groundwork (ne-waza) randori practice, which was less frequently performed by medal winners, and perceived relevance atributted to this activity, which was considered less relevant by the medal winners compared to non-medal winners. Thus, judo Olympic medal winners and non-medallists did not differ in many training aspects in the final phase of their preparation to the Olympic Games.

domingo, 20 de outubro de 2013

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Está aí um sujeito de coragem

Se afastar do trabalho com uma atleta com medalha em Jogos Olímpicos e Mundial só indica que o treinador estava mais comprometido com o trabalho do que a atleta...

http://100judo.com/post/former-coach-martinuzzi-charline-have-problems-with-her-discipline


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Como sempre eu tenho dificuldade em lidar com as informações...

Feliz por ter nosso artigo citado em um Position Statement da Comissão Médica do Comitê Olímpico Internacional
http://bjsm.bmj.com/content/47/16/1012.full.pdf+html

Por outro lado, lendo trecho do artigo onde o nosso trabalho foi citado:
"Also, a call has gone out for the International Judo Federation (IFJ) to implement regulations to improve
weight management behaviours among judo athletes, and for these regulations to be adapted by all national and regional federations. 20"

Me surgiram algumas dúvidas: (1) no artigo citado, não existe indicação explícita sobre isso, mas existe em um outro publicado em outro periódico (talvez tenham confundido os artigos); (2) aparentemente a IJF fez o contrário do recomendável...mas tudo bem, porque o pessoal do judô é "disciplinado" e concorda com tudo o que vem dos órgãos reguladores (sejam eles quais forem)...

Oss (é assim que se deve terminar todo texto ou interpelação à lutador "disciplinado"...)



Interessante

http://www.archbudo.com/abstracted.php?level=5&ICID=1071978

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A prova de que pagando bem, tudo pode ser publicado

Matéria originalmente publicada no Estado de SP:
Isso me lembra um tempo em que pensávamos em fazer isso com algumas revistas...
Imagine só o seguinte experimento: Você escreve um trabalho científico falso, baseado em dados falsos, obtidos de experimentos sem validade científica, assinado com nomes falsos de pesquisadores que não existem, associados a universidades que também não existem, e envia esse trabalho para centenas de revistas científicas do tipo “open access” (que disponibilizam seu conteúdo gratuitamente na internet) para publicação. O que você acha que aconteceria?
Pois bem, um biólogo-jornalista norte-americano chamado John Bohannon fez exatamente isso e os resultados, publicados hoje pela revista Science, são aterradores (para aqueles que se preocupam com a credibilidade da ciência): ele escreveu um trabalho falso sobre as propriedades anticancerígenas de uma molécula supostamente extraída de um líquen e enviou esse trabalho para 304 revistas científicas de acesso aberto ao redor do mundo. Não só o trabalho era totalmente fabricado e obviamente incorreto, mas o nome do autor principal (Ocorrafoo Cobange) e da sua instituição (Wassee Institute of Medicine) eram fictícios. Apesar disso (pasmem!),  mais da metade das revistas procuradas (157) aceitou o trabalho para publicação. Um escândalo.
O que isso quer dizer? Quer dizer que tem muita revista “científica” por aí que não é “científica” coisíssima nenhuma. E que o fato de um estudo ter sido publicado não significa que ele esteja correto (pior, não significa nem mesmo que ele seja verdadeiro para começo de conversa). A ciência, assim como qualquer outra atividade humana, infelizmente não está isenta de falcatruas.
E o que isso não quer dizer? Não quer dizer que o sistema de open access seja intrinsecamente falho ou inválido. Certamente há revistas de acesso livre de ótima qualidade, como as do grupo PLoS, assim como há revistas pagas de baixa qualidade que publicam qualquer porcaria. Nenhum sistema é perfeito. Até mesmo a Science publica umas lorotas de vez em quando, assim como a Nature e outras revistas de alto impacto, que empregam os critérios mais rígidos de seleção e revisão. Além disso, o fato de uma revista ser gratuita não significa que ela não tenha revisão por pares (peer review) e outros filtros de qualidade. Assim, o que deve ser questionado não é a forma de disponibilizar a informação, mas a forma como ela é selecionada e apurada — em outras palavras, a qualidade e a confiabilidade da informação, não o seu preço.
relato de Bohannon acaba de ser publicado no site da Science, dentro de um pacote de artigos intitulado Comunicação na Ciência: Pressões e Predadores.
Nessa mesma temática, a revista Nature publicou recentemente também uma reportagem sobre o escândalo envolvendo quatro revistas científicas brasileiras que foram flagradas praticando citações cruzadas — ou “empilhamento de citações”, em inglês –, esquema pelo qual uma revista cita a outra propositadamente diversas vezes, como forma de aumentar seu fator de impacto (e, consequentemente, o prestígio dos pesquisadores que nelas publicam). As revistas são ClinicsRevista da Associação Médica BrasileiraJornal Brasileiro de Pneumologia Acta Ortopédica Brasileira.
O esquema foi descoberto pela empresa Thomson Reuters, maior referência internacional na produção de estatísticas de publicação e citações científicas. Como punição, as quatro revistas tiveram seu fator de impacto suspenso por um ano. A reportagem pode ser lida neste link: http://www.nature.com/news/brazilian-citation-scheme-outed-1.13604